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terça-feira, 13 de abril de 2010

Lady Sophia, Paranoïa Délirant

Quem sou eu?
Bem, eu sou exatamente como você: pertencente à espécie humana. Aliás, eu moldei você e ao mesmo tempo, faço parte de ti muito antes de seu nascimento! Aproveitando as apresentações, de antemão já lhe digo: - Já nasci errante, te moldei errante, e para mim, o erro não é uma falha de caráter, nem desvio de conduta; apenas, um critério de normalidade.



Assim como você eu vivo, eu rio, eu choro, eu amo, eu canto, eu grito! Também aprendo, é claro! Meu conhecimento é incompleto, sim, eu sei. Contudo te faço buscar preencher minhas lacunas intelectuais o tempo todo, transformando essa neurose obsessiva e quase desenfreada, em “sua rotina” diária, seja nas horas acordadas ou nas horas de sono e descanso. Aliás, sono, descanso? Conceitos interessantes, uma vez que os ofereço a você em prateleiras brancas, proporcionando-te a oportunidade de compra-los, dosa-los e controla-los via “tarjas”, algumas vermelhas, outras pretas... Tudo depende de quantas horas de sono você esta disposto a pagar!

 
Tenho um longo caminho a ser percorrido e, sem dúvida aprenderei minhas lições ao longo dele. Mas, será que um dia, de fato, minha razão atingirá a sabedoria? Acredito que a filosofia reinante tem de admitir que não é nela, mas sim na vida, que encontraremos nossas maiores satisfações; não na biblioteca ou na cela monástica, mas na satisfação de nossos instintos mais antigos, aqueles pelo quais, eu mesma lhes instigo e lhes condeno.

A felicidade? Bem, acredito ser inconsciente; só os bafeja quando sois naturais; se vos deteis a analisá-la, desaparece, porque não é natural a vós deterem-se a analisar uma coisa. Se o intelecto contribui para a felicidade não o faz como fonte primária, mas sim como meio de coordenação, como instrumento harmonizador dos desejos. Neste sentido o intelecto pode ser um precioso auxiliar; e de contrário de nada valeria realizarmos todos os nossos fins, porque os desejos cancelar-se-iam uns aos outros, dando como resultado uma triste futilidade.

Intrigante... Triste futilidade? Te lembra algo? Te diz alguma coisa? Talvez seja uma de minhas principais características atuais, e você, sendo parte de mim, meu próprio produto, não percebe? Nem nota?

Aceite-me como eu sou. Não venho com garantia, nem tenho a pretensão de ser perfeita.



I invite you to enter in my private infinity and to be part of this paranoid delusion that I am. Very pleased my name is... Society!



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