Ai, a noite de ontem foi emblemática. Olavinho aqui, desfilou pelas correias da maldade, no bom sentido, é claro.
Há pouco menos de uma semana Eu e Clarice tivemos a idéia de chamar uns amiguinhos pra sair. E lá fomos nós e mais o Lacerda, Sophia e Bernardo. Confesso que não acreditei, fazia um tempo que não os via. Todos muito diferentes, contudo melhores. Fazia tempo que não ria tanto como ontem. Fora as cervejas, cigarros e uma pitadinha de um artifício mágico pra aguentar a noite. Escolhemos um barzinho rock bem fuleiro. Não tinha nem maquininha de cartão de débito/crédito, tivemos que correr até um caixa 24h pra poder pagar a conta. Foi hilário quando a música começou, paramos a conversa na hora pra nos dedicar a “Dancing with Myself” do Billy Idol. Tequila vai, tequila vem e eu mais pra lá do que pra cá, comecei a ter percepções maiores que meus outros amigos. Vi Clarice distante, pensando longe e resolvi ver o que estava acontecendo.
- Oi amor, diga – toda aérea
- me diz, é a Sophia?
- Não entendi...
- É a Sophia que ta te incomodando?
- Não, não, nem tava pensando nisso. Sabe que tudo já foi há muito tempo, superei, juro!
- Ah, ta... qualquer coisa, to aqui! Me gritaaaa! - Gritei, toda trabalhada no glitter.
Fato é que conheço bem a Clarice e sei que algo incomodava, mas ela disfarçava bem.
Propus um brinde a nossa amizade e a um futuro juntos. Todos bêbados concordamos em fazer tudo a partir daquela noite juntos. E a balada continuou...Vira e mexe via pegava Clarice olhando pra Sophia. Mas Sophia mal percebia, pois estava numa conversa super bem humorada com Lacerda. Eu não sei o que tanto eles conversavam, mas que riam alto, isso sim, eles faziam. Já Lacerda percebia, mas fingia que não e tudo continuava na mesma.
Até que começou uma música lenta que mudou tudo, “More than words – Extreme”. Ninguém sabia o que fazer, nesse momento eu e Bernardo conversávamos na mesa, Clarice estava fumando perto da porta do bar e Sophia e Lacerda rindo como sempre. Até que subitamente, depois de algumas estrofes da música, Lacerda e Sophia pararam as risadas, cochicharam e correram até Clarice puxando-a pelo braço e fazendo uma dança a três. Era lindo de se ver, o abraço era forte, chamava a atenção pelo brilho no olhar dos três.
Enquanto isso, Bernardo me falava que estava triste por alguns acontecimentos. Sei lá, mas de repente comecei a olhar mais fundo e parei de ouvi-lo, só o via gesticulando e a música de fundo me deixando leve, quando ele me interrompeu e disse:
- Olavo?!? Olavinho?!
- Oi, oi... hehe – meio longe ainda
- Tava viajando aí, algum problema?!
- Não, nada de mais... Mas é que...
- Fala...
- Esquece, vem dançar antes que a música acabe...
E lá permanecemos até o final... “Then you couldn’t make things new/ Just by saying ‘I Love you’ “
Nenhum comentário:
Postar um comentário