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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Um louco incomoda muita gente, três loucos incomodam muito mais...

-Oh my fucking god, como isso aconteceu, Bee?!
-Não sei, só sei que temos que correr pra lá. Pega as chaves da moto da Clarice e vamos.
-Tá bom.

Descemos a escada desesperados e chegamos até onde estava a moto.

-Tó, toma a chave.
-Como assim, toma a chave... eu não sei dirigir isso não, Olavo.
-Não é dirigir, é pilotar e eu também não sei não.
-Ah vá, nunca pegou num guidão?! – Bee olhou com aquela cara debochada.
-Tá, ta, não deve ser tão difícil. Sobe aí!!! Só não me culpe se algo acontecer.

E arranquei freneticamente que só deu pra ouvir o Bernardo gritando desesperadamente.

-Vai devagar, Olavo!
-Ai, nem vem, só sei pilotar assim, quer dizer, não sei. Mas dane-se, você que quis assim.
-Nossa! Como você é bravo. Adogo homens bravos, nervosos. – falou apertando meus braços.
Senti um calafrio, fiquei sem graça e disse: - Pára, Bee... não to bravo, só estou eufórico e com pressa... e...
-Páraaa!!! É ali...

Paramos em frente a uma delegacia de policia.

-É aí que ele está?! – falei aflito
-É, vambora!

Entramos na delegacia, uma delegacia até bonitinha com aqueles policiais fardados, deu até pra viajar na maionese um pouquinho, mas nós tínhamos mais com que nos preocupar. Lacerda estava naquela delegacia e nós não sabíamos do que se tratava.

-Olá, por favor, tem um rapaz chamado Lacerda que está por aqui, o senhor sabe me dizer onde?
-Ah, deve ser o louco que adentrou há alguns minutos falando abobrinha. São amigos dele – apontou com para nós
-Sim, somos – falei por nós dois
-Venham, ele está com o delegado...

Naquele corredor em direção a sala do Delegado, passaram milhões de coisas pela minha cabeça. Ficamos alguns minutos parados na porta ouvindo o que Lacerda dizia pro delegado a mando do cabo que nos acompanhou:
-Você quer me convencer a te prender, me dizendo que roubou a CEF, que tem uma segurança absurda, com um disquete. Cidadão, disquete nem existe mais. Você está doido e nós encaminharemos você para uma clínica.
-Não, senhor, estou dizendo que roubei , sim! Me prenda, vai! Vai ganhar um título de Honra ao mérito.

Nesse momento, entramos na sala:
-Delegado, temos visitas – falou o Cabo pedindo que entrássemos
-Sim, entrem – disse o delegado
Lacerda: Pra provar que eu estou falando a verdade, o Bernardo aqui, pode confirmar tudo.
Olavo: Bernardo o que?!
Bernardo: Eu o que?!
Lacerda: Sim, fale pra ele o que fiz, eles não estão acreditando em mim.
Delegado: Sim, rapaz sente-se aqui e me conte o que sabe desse louco.
Bernardo tremendo de medo disse: É assim delegado, esse meu amigo toma uns remédios e infelizmente, ele jogou fora todas as caixas e fingiu tomar todos os dias. Isso não é a primeira vez que acontece. Ele sempre finge que é um ladrão da Caixa Econômica Federal, que diz roubá-la com um disquete, coisas de gente doida. Coitadinho é um problema que ele tem, não é Olavo?!?!
Eu perplexo com o que ouvi, vi uma piscadinha de Bernardo que se curvou pra me perguntar:
- É bem, é... sim, já ouvi falar nessa história – fazendo cara de que não estava entendendo.
Lacerda por sua vez interrompeu: Eu nunca tomei remédio, vocês estão loucos!!
Mas o Delegado cansado disse: Escute rapaz, leve seu amigo louco daqui, não agüento mais ouvir essa baboseira. E não deixe-o perdido novamente, ouviu?
Bernardo: Sim, sim pode deixar – em meio aos berros de Lacerda “me prenda”
Delegado: Tirem esses garotos daqui e me traga um café urgente.

Saímos dali, eu sem entender nada. Lacerda brigando com Bernardo. Bernardo pedindo silêncio pra Lacerda. Eu sem entender nada gritei:
-PAREM JÁ COM ISSO!!! Alguém aqui pode me explicar o que está acontecendo?! Sim, porque não faz sentido o Lacerda vir até uma delegacia dizer que é ladrão e também não faz sentido essa história dos remédios da loucura. Alguém pode me explicar?! Se não puderem explicar, então vamos embora, em silêncio.

Como ninguém falou nada. Peguei a moto da Clarice, que nem ao menos tinha pedido emprestada e arranquei sozinho pro PUB. Antes ainda deixei a mensagem:

- Se quiserem ir embora peguem um ônibus.
_l_

3 comentários:

  1. HAHAHAHAHAHAHA!!!! Amazing! Fabulous! Thanks, folks, to rescue me! My dad teach to be a great man, and great mans maybe are stupids. Just a bit.
    I love yours, really.

    Mister Lacerda

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  2. Mas é claro né, roubar com disquete é demais ja nem o delegado acredita aposkopaksopaksopaksopaksa

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  3. O Olavo é dama, sempre sabe o que fazer!

    Dan.

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